Passagens bíblicas
1ª leitura: Joel 2: 12-18
Evangelho: Mt 6: 1-6, 16-18
Minicat
Todo ano na Quarta-feira de Cinzas, o Papa recebe a Cruz de Cinzas na Basílica de Santa Sabina em Aventino, Roma. Ele ouve essas palavras: “tu és pó, e ao pó retornarás” (Gen 3:19). Nós, também, devemos receber a Cruz de Cinzas. A quaresma nos recorda que nós não demos vida a nós mesmos, mas a recebemos de nosso Criador, e que um dia nós devemos retorná-la para Suas mãos. Nosso corpo, então, retornará ao pó. O único que pode nos dar vida após a morte é nosso Criador – através do sofrimento, morte e ressureição de Jesus Cristo.
Desde nosso batismo, a vida eterna habita em nós. Mas essa vida eterna é tão precária quanto nossa vida na Terra e deve sempre ser cultivada e protegida contra as enfermidades. Isso é o que a Igreja faz todo ano durante a Quaresma. Por seis semanas nós lutamos para focar inteiramente nessa vida interna, a vida eterna que habita em nós, e para cultivá-la e fazê-la nova, para então renovar nosso batismo na Vigília Pascal. A quaresma é como um retiro anual para os que tem fé na vida cotidiana: a Igreja caminha com Jesus por 40 dias pelo deserto.
Na Quarta-feira de Cinzas, a Igreja nos recorda dos três elementos básicos da vida Cristã através do Evangelho: caridade, oração e jejum. Esses são os três pilares que formam a base da vida Cristã.
Vamos observar o jejum. Ele não tem um fim em si mesmo, mas deveria nos libertar para amar a Deus e ao próximo. O que pode nos libertar para amar a Deus e ao próximo nessa quaresma? Não necessariamente precisa ser um jejum físico – por exemplo, se um aluno que está se preparando para as provas faz um jejum físico, isso pode distraí-lo dos estudos. Mas aqueles cujas obrigações profissionais não serão comprometidas deveriam definitivamente fazê-lo. Muitas coisas nos libertam para amar a Deus e ao próximo, por exemplo, abstinência de álcool, cigarro, compras etc. Nosso guarda-roupa sobreviverá mesmo que não façamos compras antes da Páscoa. Vamos evitar tudo o que é supérfluo para que tenhamos mais tempo para devotar à nossa fé, para ouvir a voz de Deus e para estar mais próximos das pessoas. Nós temos 40 dias para fazer tudo isso. ∎